Jornalismo no twitter
No jornalismo tradicional a notícia começa a partir do momento que o repórter chega ao local do fato e inicia a investigação. Com a inserção das mídias sociais no mercado, a notícia chega a qualquer momento, por qualquer pessoa. Importantes fatos da história foram divulgados por pessoas no seu dia-a-dia, e depois transformados em matérias pelos jornalistas.
Segundo Telles (2011, p. 63)
O microblogging já se tornou uma ferramenta constante entre os jornalistas brasileiros que passaram adotá-lo como peça fundamental para seus trabalhos. Dentre as principais possibilidades de uso está a fonte de informação, inspiração para reportagem, entrevistas, agilidade na notícia, fontes rápidas, medir interesse em assuntos, bastidores de eventos, humor e coberturas.
As ferramentas para chegar ao grande público estão ao alcance de todos. Qualquer um que possui conta no Twitter pode, por exemplo, Twittar um assalto, sobre a queda de um avião, um acidente, ou qualquer outro fato que está a sua frente. O Twitter nos dispositivos móveis facilita ainda mais esta possibilidade. Mas apesar da facilidade e dos benefícios a esta ferramenta, os jornalistas precisam se posicionar e saber como agir na questão da credibilidade e da verificação da fonte.
Para Paul Carr, autor do artigo NSFW: After Fort Hood, another example of how 'citizen journalists' can't handle the truth publicado em TechCrunch (http://blogdogipo.blogspot.com/2009/11/twitter-jornalismo-e-confiabilidade.html)
Realmente, o uso do Twitter - um uso dado pelos próprios usuários - mudou. Não é mais o simples "estou em casa", "estou na escola" ou mesmo "fui ao cinema ver o filme do...", é um espaço de informação individual e, quanto maior a exposição do autor, maior será a credibilidade atribuída ao que se está veiculando em 140 caracteres. Mas também, não podemos nos dar ao luxo de obrigar a todos a repensarem um espaço - o Twitter - que surgiu sem regras, a assumirem o "seu espaço", como espaço coletivo.
Os jornalistas precisam saber identificar a veracidade da informação e a fonte, para não cair em armadilhas, como a ocorrida no caso do tiroteio que aconteceu em Fort Hood, Texas, quando um soldado americano, o Major Nidal Malik, abriu fogo contra outros soldados, e criou vários tweets como se fosse uma informação real. Este e outros casos estão sendo discutidos pela mídia para que os jornalistas estudem meios mais rápidos de verificar a informação e não apenas transformá-la em uma verdade absoluta.
No site (http://blogdogipo.blogspot.com/2009/11/twitter-jornalismo-e-confiabilidade.html)
É aqui que o argumento de Jarvis é bem interessante: "os jornalistas precisam se perguntar, é como adicionar o jornalismo a estas informações já existentes". Antes de publicar ou mesmo citar - e isso é uma regra simples que aprendemos na formação universitária - confirmem-se as fontes! Foi um equívoco da mídia publicar e dar crédito, sem verificar e investigar. E aqui, volta-se a um antigo problema: vou perder o furo?
Algumas ações podem facilitar a pesquisa a respeito da pessoa que está “twittando” a informação. A pessoa pode digitar várias palavras-chave e procurar os primeiros tweets. Conferir a biografia da pessoa que “tweetou” a informação, e se é um jornalista. Verificar quantas vezes a pessoa já tweetou e o que ela tweeta. Ver os últimos tweets. Pesquisar o nome da pessoa no Google, verificar as pessoas que o seguem. Ou tentar falar diretamente com ele, começando a segui-lo e fazendo perguntas com @fulano.
O benefício do uso do twitter na comunicação atribui várias características que podem ser citadas como, a promoção do trabalho, onde o comunicador que twitta uma informação relevante, vai ganhando credibilidade. O exercício da concisão, já que a informação se limita a 140 caracteres. A própria ajuda a comunidade, criando debates sobre os assuntos e chamando atenção das autoridades para os problemas do local, ou mesmo a nível mundial. E o serviço público, onde as informações que são “tweetadas” por uma prefeitura, por exemplo, auxiliam a comunidade sobre as principais informações de sua cidade.
Para o colunista de economia da RBS TV, Moacir Pereira (informação verbal), o jornalista tem um papel fundamental na sociedade com as mídias sociais. “Os compromissos do jornalista não mudaram. Ele continua com o objetivo de transmitir a informação verdadeira, ter a honestidade, ética, execução, imparcialidade, vínculo com a cidadania, independência, liberdade, consciência, crítica e responsabilidade. O desafio está na seleção do material que é colocado na internet. É preciso analisar de onde vem a informação e saber trabalhá-la. As informações até podem surgir de 140 caracteres no twitter, porém as grandes reportagens surgem dos jornalistas que sabem executá-las”, afirmou.
De acordo com o Liebelson (http://ijnet.org/pt-br/stories/editora-de-m%C3%ADdia-social-do-new-york-times-fala-sobre-distribui%C3%A7%C3%A3o-de-not%C3%ADcia-urgente-pelo-tw), Nos Estados Unidos, o Jornal The New York Times criou um feed de Twitter específico para quem quisesse acompanhar os acontecimentos em tempo real do Furacão Irene, que passou pelo Leste do país. Desde sua estreia no final de agosto, a nova conta já atingiu 25 mil seguidores. A conta fica ativa apenas em coberturas especiais, por isso não sobrecarrega de informações a principal conta do twitter do jornal. O Twitter feed, chamado @NYTLive, foi projetado para fornecer um espaço separado para os editores tuitarem notícias ao vivo.
Para Pelepka (2011 http://umolharinterno.blogspot.com/2009/06/como-utilizar-o-twitter-na-comunicacao.html)
Uma característica do Twitter é a instantaneidade das mensagens, diferente de um blog ou email, que a pessoa tem que abrir a mensagem. Além disso, ajuda a livrar o uso do email corporativo para assuntos gerais. Com mensagens curtas e objetivas, esse meio de comunicação pode ser usado também para divulgação de alguma nova campanha, uma atualização no site da empresa ou intranet, e até mesmo para criar curiosidade em torno de algum assunto corporativo ou motivar a participação em alguma campanha.
O uso do twitter na comunicação tem chamado atenção de muitas empresas de comunicação. Algumas ainda resistem em utilizá-lo na busca de pautas e fontes. Mas a sua facilidade e adesão ao público mundial, criou uma aceitação rápida por parte dos veículos.
De acordo com Prado (2011, p. 201) A ideia é que os jornalistas utilizem a ferramenta para publicar e apurar informações. “O que você tem a fazer é compreender o cenário em que está operando. Assim como qualquer tipo de jornalismo, você tem que estar certo de que está usando as melhores ferramentas disponíveis para fazer o melhor trabalho possível.
Uma pesquisa realizada no ano de 2009 com 317 jornalistas de Nova York pela Agência Middleberg (SNCR) constatou que: 47% usam Twitter ou outros serviços de microblogging e 57% percebem que o Twitter ajudou a aumentar sua credibilidade perante os leitores. Prado (2011, p. 203).
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