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5º Lição: A Televisão no Brasil

A Televisão no Brasil

Uma mistura de som e imagem. Uma realidade que até então era apenas imaginada pelas pessoas no som do rádio. Trazer o dia-a-dia das pessoas para dentro da sua casa. A televisão recebeu a primeira transmissão no Brasil no dia 18 de setembro de 1950, no programa inaugural que foi ar pela emissora PRF3 – TV Tupi do pioneiro Assis Chateaubriand.
Seu desenvolvimento foi se destacando e ultrapassou o rádio que era um dos meios mais acompanhados. Com o passar do tempo a TV adquiriu uma linguagem própria e diferenciada daquela do rádio. As imagens podiam “descrever” uma situação e não precisavam mais de muitas explicações. A televisão conquistou os brasileiros e se tornou um poderoso e importante veículo.
Atualmente a televisão possui maior credibilidade e impacto, sendo mais consumido entre as mídias. Ela oferece entretenimento, informação e prestação de serviços. Emissoras como Bandeirante, Globo, SBT, CNT, Rede TV! E Record são as maiores emissoras comerciais.
É por meio da programação da televisão que programas como O Jornal Nacional, Globo Repórter e Vídeo Show, ganharam destaque, audiência e credibilidade.
De acordo com BONNER (2009, P.7):
Nesses 40 anos, quanta coisa mudou! [...] Mas o que sentimos, todos nós que fizemos parte da atual equipe do Jornal Nacional, quando às 20h15min, a vinheta do Jornal entra no ar e no estúdio – logo abaixo das câmeras se acende o letreiro “On air”, é o mesmo de 40 anos atrás: decolamos, estamos voando. Quem trabalha no JN sabe que participa de um produto que faz parte da vida de milhões de brasileiros. E a convivência de tantos anos entre o público e o telejornal gera muita intimidade. As pessoas querem saber detalhes, tirar suas dúvidas.
As emissoras de TV estão em todos os locais. A Rede Globo, por exemplo, está em 99,84%, o equivalente a 5.043 municípios. Já o SBT, em 98% e a Bandeirantes em 94%. No caso dos grupos regionais, a RBS atinge 99,7% dos domicílios com TV dos Estados do Rio Grande do Sul e Santa Catarina; as OJC, com a TV Anhanguera, atingem mais de 180 municípios goianos, ou seja, 73,17% do Estado de Goiás; a RART atua em cinco dos sete Estados da Região Norte, equivalendo a 120 municípios, ou seja, 71,86% do Amazonas, Roraima, Rondônia, Amapá e Acre; o Grupo Zahran está em quase todos os 200 municípios dos Estados Mato Grosso e Mato Grosso do Sul; e o Grupo Verdes Mares, em 92% do Estado Ceará.

Para CABRAL (2006, p.5):
Apesar dos problemas observados por Bazi (1999) e Caparelli (1982), observa-se que o quadro atual vem mudando e o desafio passa a ser a programação de qualidade, voltada para a comunidade, identificando os telespectadores com sua cultura. No campo da publicidade, a regionalização está tendo resultados positivos, agora é preciso investir no conteúdo das informações locais e regionais. Pois, a Constituição de 1988 propõe no artigo 221 princípios para produção e programação das emissoras, evidenciando a “regionalização da produção cultural, artística e jornalística” (inciso III). Além disso, já está em pauta no Congresso Nacional o projeto de Lei da deputada Jandira Feghali (PCdoB-RJ), criado em 1991 e que tem como foco a regionalização da mídia brasileira.

A TV ONLINE
Após a consolidação da televisão na sociedade como suporte midiático, a internet surge com intensidade com diferentes formas de apresentar o conteúdo. Interatividade, criatividade e tecnologia são implantadas para atrair cada vez mais o público para frente do computador.
Um espaço no qual as pessoas podem acompanhar a programação a qualquer hora do dia. Os programas que são apresentados via internet ficam disponíveis em suportes, como o site youtube (www.youtube.com.br) onde podem ser vistos a qualquer momento e baixados para o computador.
De acordo com CARDOSO (2007, p.241):
O que mudou na televisão com a chegada da internet? A tentativa de resposta baseia- se na ideia de que a mudança depende do modelo televisivo tradicionalmente praticado, isto é, da identidade televisiva construída em torno de uma relação de entretenimento e informação. Mas, visto que o ponto de partida para a presença na internet das televisões tem quase sempre sido a oferta de uma página de notícias, a mudança está também dependente, até certo ponto, do modelo noticioso praticado na redação, do telejornal de cada emissora.
A busca pela informação na internet atinge principalmente os jovens que passam mais tempo na frente do computador. Sites voltados ao público criam formas diferenciadas de atrair o jovem dentro de suas características e gostos. De acordo com a Revista Plug – Especial Digital, o site da Capricho da Editora Abril tem alcançado o segundo lugar entre os mais visitados com 29,6 milhões de acessos, segundo uma pesquisa realizada em março de 2009 da consultoria americana ComScore.
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Figura 7: Interatividade e vários suportes midiáticos no site da Revista Capricho da Editora Abril

De acordo com CARDOSO (2007, p.249):
Sendo os usuários de internet em menor número que os leitores de jornais em papel ou ouvinte de rádio, e constituindo uma população mais jovem e com níveis de educação mais elevados, essa diferenciação apresenta-se na escolha de rádios destinadas a público mais jovem online e ao maior número de jornais de referência também online.
O site possui a TV Capricho onde são apresentadas histórias da vida de alguns jovens e famosos chamadas de web séries. Conteúdos como dicas de moda, música e entretenimento, concursos também estão presentes, e são explorados pela revista.
De acordo com MOHERDAUI (2000, p.17):
A presença online da televisão, tal como dos jornais e do rádio, é produto da interação entre dois universos de referência em termos de comunicação: a informação publicada off-line (que é o seu ponto de origem), e o ambiente da rede internet, ou melhor, a sua cultura, a qual constitui seu ponto de chegada (Castells, 2004.a; Sciffo, 1998).
Os conteúdos são mencionados nas redes sociais que realizam a propagação em massa. Mensagens no facebook e twitter são disparadas a todo momento informando a programação e as promoções.
De acordo com CARDOSO (2007, p.241):
A mudança introduzida pela internet na televisão acontece em duas fases: a primeira corresponde a passagem da televisão para o espaço online. A segunda dependendo da capacidade tecnológica, de estratégia e de modelo identitário original, apresenta a possibilidade de evoluir ou não para novos modelos televisivos que atentem para as lógicas de redes em diferentes mídias. A presença na internet pode, na sua tendência maximizada, contribuir para o surgimento de uma televisão em rede, interagindo com diversos outros veículos de comunicação, pessoais ou de massa, e conteúdos diversificados ou, numa dimensão de menor mudança, estabelecer apenas pontos frágeis, entre duas mídias, sem real interação entre si: a televisão para ser apenas vista, e a internet para ser navegada.
Os programas de TV encontram nas mídias sociais um espaço para a divulgação e a discussão. De acordo com pesquisa publicada em 2010 pelo IBOPE Nielsen Online Hoje, a internet brasileira já soma 73,9 milhões em todo o país. Desses, 76% dos adultos afirmam que navegam na internet enquanto assistem TV e, entre eles, 54% publicam comentários na internet, 30% trocam torpedos e 67% trocam mensagens instantâneas. Os maiores programas da TV geram grandes picos de discussão nas redes sociais, acessadas por 87% dos internautas brasileiros.

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