Comunicação e mobilidades
Segundo dados da Revista Pequenas Empresas & Grandes Negócios do mês de fevereiro de 2014, hoje o Brasil possui 70 milhões de smarthphones, sendo o quarto país que mais possui aparelhos no mundo. As conexões de banda larga móvel chegaram a 100,8 milhões mensais em outubro de 2013. As cidades já vivem na correria onde o comportamento é mobile. As pessoas se conectam nas empresas, praças, cafés, na escola e no supermercado. As empresas estão mais próximas dos clientes identificando tudo que eles querem, sonham ou necessitam. Quem não se atualizar certamente será passado para trás nesta busca frenética pela informação.
De acordo com CHAMUSCA, Marcello e CARVALHAL, Márcia (2011, p.1):
A conjugação da popularização dos dispositivos móveis digitais, tais como os celulares, smartphones, palmtops, tablets, etc., com a popularização das multirredes de acesso sem fio, como as redes Wi-Fi, Bluetooth, 3G, etc. proporciona o que aqui chamaremos de comunicação móvel pervasiva – pervasive mobile comunication. Noção possibilitada pela conexão ubíqua, generalizada, em que se considera o espaço da cidade como um ambiente de conexão latente, em que qualquer porção do espaço está potencialmente apta a ser um ponto de acesso ao ciberespaço (LEMOS, 2007) e, portanto, um local em que se estabelecem as relações sociais e se desenvolve a comunicação urbana.
O repórter não precisa mais esperar chegar a redação para enviar as informações ou conversar com o editor. Tudo pode ser feito pelas mídias sociais ou mesmo por e-mail. Textos, fotos e vídeos podem ser feitos no mesmo momento com apenas o uso do smartphone.
Para CHAMUSCA, Marcello e CARVALHAL, Márcia (2011, p.2):
Graças às tecnologias móveis digitais, segundo Ito (2004, p.44), “a cidade não é mais um espaço urbano anônimo”, uma vez que essas tecnologias possibilitam a difusão das experiências vivenciais individuais que o cidadão tem nessa cidade e a transforma em um espaço de experiências muito mais coletivas. Nesse sentido, o ambiente da ação das organizações é favorecido, do ponto de vista dos relacionamentos, uma vez que essa característica potencializa o seu estabelecimento com os diversos públicos, que se encontram ocupando e vivenciando o espaço da cidade.
A velocidade da informação requer agilidade do jornalista para dar o furo e garantir a veracidade e a qualidade da matéria. O próprio gravador já caiu em desuso, sendo substituído pelo gravadores dos smartphones ou vídeos.
O canal com a comunidade ficou facilitado. As pessoas aproveitam as mídias sociais para expressar o que sentem, falar do buraco na rua, do descaso da saúde ou mesmo do lixo do vizinho que está na sua casa. As pautas estão por toda parte, cabe ao jornalista saber identificar o que pode virar notícia.
Sugestão de leitura:
Comunicação e Mobilidade
Autores: André Lemos e Fábio Josgrilberg
Sugestão de vídeos:Entrevista com André Lemos sobre cidades virtuais
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